Missionários da História 4

7ª mensagem
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa



«Deus quer, o homem sonha, a obra nasce». Permiti, irmãos que nesta mensagem cite uma das frases daquela outra «Mensagem» que se traduziu no único livro que publiquei durante a minha última encarnação. Não o faço por imodéstia. Na verdade, aquela e muitas das fra¬ses que podeis encontrar nesse livro foram es¬critas por inspiração superior, de que fui o ins¬trumento físico. Daí que, remetendo o mérito para aqueles que me inspiraram, não tenha qualquer inibição em vos recomendar a leitura atenta daquele livro, procurando nele o sentido profundo, profético e real que, frequentemente, tem escapado no meio da infinidade de coisas sem sentido que sobre a minha obra tem sido ditas por aqueles que tudo analisam mas nada sentem. Daí, também, que vos solicite que me acompanheis no esmiuçamento daquela frase que consta, afinal dum poema dominado pela figura do maior de todos os portugueses — Infante Dom Henrique.

«Deus quer...» Sim irmãos, Deus tem uma Vontade, um Plano para todo o Universo, com todos os seus seres. Da vastidão incomensurá¬vel e da beleza inefável desse Plano, não pode¬mos nós, simples peregrinos no caminho de regresso à Casa do Pai, fazer mais do que uma pequena e limitada ideia. Sabemos apenas que a culminação desse Plano Cósmico é a Alegria absoluta e a Perfeição total; e que o Bem su¬premo que então reinará está muito além da nossa pobre compreensão.
Ë para essa Glória final que todos os seres e todos os Universos (que também são seres) evoluem. Na verdade, todos nós não somos mais do que um grande exército subindo o Monte do Gólgota, abrindo caminho em luta contra as forças involutivas em nós, até chegarmos ao topo, onde crucificada a nossa parte mais baixa., na qual se aloja a raiz do mal, ressuscitaremos para a Glória da Vida Eterna que é a nossa herança como Filhos de Deus. Então, percebe¬mos que todas as lutas, todas as separações, todas as barreiras entre os seres são filhas do mesmo pecado original. E, largando as armas com que nos ofendíamos, apertar-nos-emos to¬dos num grande abraço, cimentando pela Vida de Deus Uno e pelo Amor puro que é o anseio profundo das nossas almas.
Mas este Plano que Deus tem, esta Glória final que Ele quer para todos nós, vai-se con¬cretizando por etapas, através de Eras sucessivas, cada uma trazendo mais avanços ao caminho que temos que percorrer.

Estamos agora no limiar duma Nova Era potencialmente portadora de conquistas ainda por fazer. E também para ela a Providência divina, expressão em que incluímos não só mas também os Seres que C servem de tem uma Vontade e um Plano. Uma Vc e um Plano que são, é certo, apenas um cela daquele outro Plano mais vasto d falei; mas que nem por isso deixam c grandiosos e sublimes. Temos agora o de, avançar mais no Caminho da Luz e de volver e aperfeiçoar certas qualidades. Porque Deus quer...
«...O homem sonha...». Sim, irmãos, é do o homem sonha, lúcida e profundai é que os arquétipos do Plano de Deus atin sua compreensão. Pelo estado que, pc mente, podemos chamar de sonho, os hc abrem o seu ser à intuição dos propósit Alto. As grandes coisas que são novas con por surgir timidamente, antes de se reve ao mundo, nas almas daqueles que são c, de sonhar com perspectivas mais elevad a mais nobre aspiração do ser humano — ração por mais Luz, mais Verdade e mai quistas nas realidades superiores — que tancia a primeira ponte entre os Planos dc e o mundo dos homens. É na nossa aln interior de nós, que os progressos começa
nascer, pois Cristo não estava fazendo jogos flo¬rais mas proclamando uma Grande Verdade, quando contrapunha aos que esperavam que o Reino de Deus viesse de fora para dentro em vez de vir do interior para o exterior: «O Reino de Deus está dentro de VÓS!».

Eis pois, irmãos. que devemos mergulhar na profundidade das nossas almas e, por intuição, por conquista de Amor, por contacto íntimo com a Realidade das coisas, perceber um pouco do Plano que Deus tem para a Nova Era, a Nova Era que já está presente no mundo quando o homem sonha...
..A obra nasce...». E depois que sonhamos, irmãos, as nossas mentes começam a habituar---se cada vez mais às deliciosas brisas das intui¬ções que nos chegaram. Desses sonhos ou ins¬pirações tira das nossas mentes produtos para trabalharem e reflectirem. E, então, pode a obra começar a nascer no mundo físico. Nasce, quan¬do as correntes psíquicas, que criámos ao pen¬sar nessas novas qualidades e ao desejá-las, começam a influenciar o ambiente psíquico e -a sumirem nas mentes e nos sentimentos de outros irmãos. Nasce, quando, pela palavra, pela escrita, pelo exemplo, pela acção, damos aquilo que recebemos do Alto, ensinando, mostrando a Luz e ajudando osoutros irmãos a saber tam¬bém sonhar e a fazer desses. sonhos obras visí¬veis. É assim que o progresso se tem feito atra¬vés das Idades.

Irmãos, com quem comungo a filiação mesmo Deus que a todos dá a Vida, de que sou companheiro na viagem que nos leva ponto que já Cristo nos propôs, em dizen Sêde perfeitos, como vosso Pai Celestial é p feito», com quem sou solidário na aspiração I um mundo melhor, abri as vossas almas sonho da Nova Era e ajudai a edificá-la Mundo! Abri os vossos braços ao Cristo que novo há-de vir! Abri os vossos corações boas-novas que se aproximam dizendo: «B, dito o que vem em Nome do Senhor»! Abri vossas mentes à Luz, saí para fora dos esta tos domínios do sectarismo e, qualquer que st a vossa escola do pensamento espir.itualis uni- vos no mesmo esforço, reconhecendo aproveitando as contribuições de todas! Trai lhai, aprendei, sonhai e ensinai, sem nunca sanimar, mesmo se não virdes, de imediato, sultados espectaculares, pois, conforme tamb, escrevi, «tudo vale a pena se a alma nãc pequena»!
Seja bendito o Mestre, Que, de novo, ca a Sua compaixão incomparável, vem trazer Luz às trevas e encher as Taças dos que buscam com o elixir da Vida Eterna, com Ensinamento Sagrado! E sejam benditos os c sonham com o que Deus quer, para que a ob o edifício da Nova Era, nasça no Mundo físico.


Fernando Pessoa

8ª mensagem

Isabel de Aragão



"Queridos irmãos:
Fala-vos a vossa serva Isabel que há tanto tempo acompanha o caminho deste País(PORTUGAL); venho trazer-vos novas de coisas que estão para vir e incitar-vos a nunca deixar de fazer o que puderdes para que tudo se passe em ordem.

Esta pátria, cujos reais fundamentos são já mais que milenários tem as condições para se fazer novamente grande, desta vez em Luz e inspiração. Dela partirá o anúncio formal ao mundo da vinda do Cristo com toda uma hoste de Mestres, de anjos e servidores para dar ao mundo um novo impulso (as «Novas Escrituras» estão já traduzidas nas principais línguas e espalhada por todo o Planeta). Dela também, queridos irmãos, partirá palavra de alegria e esperança a manter perante tempos conturbados de desastres sociais, fomes, epidemias, catástrofes naturais (parece que já estamos vivendo o princípio das dores). Como consequência do retomo das energias negativas acumuladas nos planos psíquicos, como sejam os vícios, a ambição, a impiedade, o egoísmo, a desonestidade, a corrupção, virá pois, um período de provação, que fará apurarem-se na prova do fogo as novas ideias, a nova sociedade que há-de substituir a velha que está a desaparecer, almas novas herdarão o novo mundo redimido.

Digo-vos, ciente do que afirmo, que este país está já a começar a ter um papel crucial em tudo isto que afirmo, nele residindo um escol de discípulos capazes de muito fazer e muito saber. Alguns desconhecedores ainda das suas potencialidades estão entre vós.

Aqui em Portugal em fraterna comunhão com todo o planeta existe um grupo que, entre dificuldades, incompreensão e solidão, tudo está a fazer e tudo fará para que quando o Cristo chegar ninguém possa dizer: eu não sabia ou não me ensinaram a conhecê-Lo, por isso falhei.Esse grupo avança já em terrenos que desconheceis. Ele está activo em níveis espirituais e opunhado de irmãos nossos que o constituem, encarnados fisicamente, luta para realizar aquilo que antevê.
Eles sabem que com Cristo a quem servem tudo é possível. Contudo, sem vós e sem a vossa disposição de, em lugar de passivos, vos fizerdes activos contribuidores do Plano Divino que se realize, o país não desempenhará a parte que lhe compete. Vós podeis e deveis interrogar-vos acerca da maneira como podereis ajudar a manifestação dos desígnios Divinos.Não é digno que simplesmente procureis provas e mais provas,que mendigueis o contributo dos Espíritosde Luz para as vossas pequenas vidas, sem nada . oferecerdes em troca.E o que podeis oferecer?

Irmãos, seria mais fácil explicar-vos o que não podeis oferecer. Vós podeis oferecer sempre uma vontade diligente de aprender e investigar sobre as realidades espirituais; podeis também oferecer, na vida diária, o vosso amor, a disponibilidade perante os outros e uma grande alegria de viver. Não é bom que vos preocupeis apenas com as vossas mazelas corporais ou espirituais, pois assim não se cultiva a liberdade do espírito e a coragem de enfrentar os desafios a Luz da esperança renovada às vossas vidas; porque agora começa o tempo de os homens trabalharem para outros reinos da natureza, outras evoluções para todas as criaturas.

Agora é-vos dito que podeis estar entre os primeiros a instituir uma nova maneira de viver num mundo renovado pela misericórdia de Deus e acção do Novo Cristo que se aproxima do mundo dos homens.

As simples preces devem tomar-se afirmações.As vossas almas trazem em si a potencialidade que, reanimada pela irradiação energética do Cristo e dos seus servidores abriria novos caminhos de serviço. Deveis aprender a não pedir nada para vós próprios mas tudo para o bem da Humanidade e de todas as criaturas que estão com ela, incluindo os irmãos do reino animal.
Deveis aprender que a energia segue o pensamento e que, se podemos já antever que os pensamentos negativos de muitas gerações desencadearam as energias que agora estão a produzir grandes provações, podemos também antever algo mais: que se todos aprendemos desde já a usar a mente para produzir energia positiva intencionalmente muito poderá ser feito para aliviar a dor do mundo e para começar a construir-se um mundo Novo."


Isabel de Aragão