AVATARES_ALMAS DIVINAS

Nelhtak  

Avataras – Almas Divinas.

por Margareth Gonçalves (DeviDásika)



Muito se fala, muito se escreve, sobre os Avataras. O progresso dos seres no mundo ocorre através de incontáveis milhões de anos. Nos mundos, surgem e submergem continentes, onde nascem e morrem gerações de evolucionantes existências, as quais, devido ao insipiente estado de suas consciências, amiúde quebram ou tentam mudar as leis da ordem material e espiritual. Muitos dizem saber absolutamente tudo sobre o tema. Alguns até se dizem ser um Avatara. Porém, a única coisa que realmente sei, é que Eles, os Avataras, seguem leis especiais, como especiais que são, assim toda e qualquer precaução para com o tema é necessária para não nos tornamos “avatarados”, entorpecendo a visão e o conhecimento correto do que são os mesmos. Avatara significa Descenso (originário da palavra descida) e recebe este nome porque estes grandes seres, em seu estado natural permanecem invisíveis e imortais, assumem uma forma para fazerem-se visíveis e assim, ajudar-nos a acendermos a um plano superior de
consciência. Isto significa que podem assumir qualquer forma e fazerem tudo o que seja necessário de acordo com as circunstancias e com sua missão. Estes seres são Siddhas “arcanjos” mais conhecidos no ocidente como “Senhores da Compaixão”, e é esse ato de renuncia ao estado glorioso que ocupam, o que atua como um feliz sacrifício que promove n`Eles maior gloria, inteligência e poder, logo após haverem cumprido sua missão. É assim que todo ato, material ou espiritual, executado com maestria, impulsiona o ser a uma superior categoria hierárquica, que lhe corresponda por seus próprios méritos. De outra maneira, sem méritos, ser Anjo, Avatara ou um Narayana não teria valor.


Assim quando o progresso dos seres nos mundos está incipiente e o estado de suas consciências também, Bhagavan Narayana, (o Deus planetário, o Lógus ou Ordenador do céu e da terra) chama à sua excelsa presença aqueles arcanjos que queiram sacrificar-se descendo do luminoso plano de gloria onde estão até o denso plano inferior,  para comunicar aos humanos a sabedoria das leis eternas da vida universal, condizentes a felicidade da liberação de nível terrestre para continuar a ascensão através dos cinco planos sutis que formam o mundo. Toda a doutrina do Avatara, na Suddha Dharma Mandalam é baseada no “Srimad Bhagavad Gita”, mais especificamente em seu capitulo III - Avatara Dharma Gita. O próprio Senhor revela o motivo de suas manifestações periódicas como Avatara: “Sempre que, Ó Bháratha, decai o Sanathana Dharma e sobrevem uma preponderância do Adharma, (anti-lei) manifesto-me como um Siddha para ensinar o verdadeiro conhecimento do Sanáthana Dharma (III-13). Para proteção dos
justos, para transmutação do Adharma em Dharma (lei) e para o estabelecimento do Sanáthana Dharma, manifesto-me em formosas e benéficas encarnações, para ajustar o Dharma as necessidades dos tempos (III-14). Porém, se Eu não estivesse continuamente empenhado na atividade de manifestação para conservar o Dharma, todos os homens, ó Pharta, deixariam igualmente de se esforçar para conserva-lo (III-16).



Aceito por Bhagavan Narayana o Siddha (arcanjo) que vai descer ao mundo denso, a Divina Hierarquia concorre para preparar as condições sutis e densas que servirão para o maior êxito da missão que vai cumprir o enviado angélico, ao qual, na Índia se dá o título de Avatara ou seja, o que Desce. Entre as ajudas proporcionadas por Narayana aos Avataras, se mencionam as seguintes:  - O mesmo senhor Narayana conecta uma parte de seu ser com a alma do Escolhido e, segundo sejam a proporção e forma da união acidental, o Avatara toma diferentes denominações. Avatara é uma manifestação do aspecto stiti ou conservação do Bhagavad Dharma. Por isso, tradicionalmente os Avataras são considerados manifestações de Maha-Vishnu (um dos aspectos da trimurti indiana superior). Em virtude da consciência divina que está além da forma, sua transcendência inata não é afetada e eles conservam sua identidade com Ishwara (Narayana ou Paramatma ou consciência superior). Por isso Jesus podia dizer: Eu sou o
caminho, a Verdade e a Vida; e Sri Krishna: Eu existo transcendentalmente e todas as minhas  manifestações, nenhuma das quais prefiro ou rechaço.



Estas encarnações Avatáricas, são as mais grandiosas e transcendentes; ocupando o quarto grau das encarnações do nosso planeta. Existem ainda as encarnações Avatáricas menores, que são aquelas que de acordo com a vontade Divina, alguns seres tomam corpos humanos já encarnados e já iniciados, e cujas iniciações já estão impressas em seus respectivos Ego, já possuindo conhecimento apropriado e vontade em trazer a bem aventurança para a humanidade. Destaco alguns mártires que atuaram neste planeta, recebendo inúmeras iniciações em uma ou em várias vidas anteriores em preparação de sua missão. Destaco entre alguns Mahatma Gandhi,Joana D’Arc, H.P. Blavasky, Annie Besant e inúmeros outros. Diversas características distinguem o Avatara de um Mestre, instrutor ou Santo. “Ó Arjuna, eu conheço em sua integridade o passado, presente e futuro no processo do mundo... Muitos foram os Avataras manifestados por Mim, como também por Ti. Eu Me recordo de todos.” E a prova máxima que distingue os
Avataras e pela qual Eles se nos revelam é a capacidade de outorgarem e assegurarem aos devotos seguidores do Dharma, o Dom da divina visão, ou seja; o verdadeiro Avatara nos concede o poder de enxergar com o terceiro olho tudo o que está mais além de forma verdadeira e pura. “Como tu não é capaz de contemplar-me com teus próprios olhos, eu lhe outorgo a visão divina, com a qual contemplarás meu Supremo Yoga”. Ou ainda Jesus o Cristo, quando se transfigurou a alguns de seus discípulos, no monte das Oliveiras. Um dos aspectos fundamentais da Doutrina do Avatara, segundo a Suddha Dharma Mandalam, é de que todos Eles são manifestações de Bhagavan Narayana em diversas formas, como veremos a seguir. Isto significa que Rama, Krishna, Buda, Jesus, Mitra Deva e outros, se originam do mesmo Governante Supremo da evolução da terra e se manifestam de diferentes formas, de acordo com as necessidades de tempo, lugar, circunstancias e a Missão especifica.



Este conceito unifica, de maneira extraordinária, as diversas Religiões originadas à partir dos seguidores destes Avataras, pois se compreende que todas elas tem uma mesma origem e objetivam restaurar o Dharma (lei) no mundo. Concluindo: o Avatara é um ser angélico muito especial que por livre e espontânea vontade se predispõem a descer a um plano mais denso, para trazer a humanidade a recordação da fé, da esperança, do amor, da justiça, da união, do respeito através da lei maior do Universo, expressada através do Bhávana (unicidade cósmica). São seres de constituição física Divina, ou seja, não são iguais à nós, pressupondo dentre várias qualidades o não sofrimento, pois não estão influenciados pela lei da dualidade. Seus pais também são Avataras, pois depende deles e exclusivamente deles a execução e a manutenção de energia desses seres aqui na terra para a execução plena de suas missões. É por isso que, quem venere a qualquer d`Eles, honra simultaneamente a Sri Bhagavan Narayana.
Não posso deixar de mencionar que também existem os Avataras mulheres dependentes da Mãe Cósmica Sri Yoga Devi (Senhora de união de todos os anjos). O Supremo Deus (Para-Brahmam), é o Onipotente, mecânico, e consciente Poder do Infinito. Sri Bhagavan Narayana (arcanjo da GFBU) é o nome de uma semente contida no Parabrahmam a qual evoluiu através do ilimitado tempo passado até chegar a ser atualmente o supremo chefe da evolução de todos os seres em um planeta habitado. A Hierarquia angélica (Siddhas) é composta pelas inumeráveis consciências que  evoluíram em outros planetas ou neste, através de inumeráveis eternidades.



São todos os mestres da Grande Fraternidade Branca Universal. Os Avataras divinos ou Siddhas salvadores (arcanjos, classificação angélica que também pertence a GFBU), são seres divinos de compaixão que, com imenso amor se entregam ao sacrifício de descer dos planos de gloria para ajudar a evolução dos seres, sob a inspiração de Bhagavan Narayana.



Margareth Gonçalves (Devidasika)
Pedagoga formada pela Universidade Mackenzie em 1977, com especialização em deficiência mental, Praticante e estudiosa em yoga e filosofia védica dês de 1973 quando ingressou na milenar escola Suddha Dharma Mandalam, dês de 1996 é Presidente e Instrutora da Sede da Suddha Dharma na cidade de São Paulo/SP, especialista em yogaterapia no dia a dia e yoga laboral (yoga nas empressas) e meditação, colaboradora da Revista Sexto Sentido, Asharamacharya reconhecida pela Federação Internacional de Yoga, cursos complementares: ayurveda, florais, gemoterapia(cristais), cromoterapia, radiestesia e reiki.