O QUE É KABALAH?
.
.
É um conjunto de ensinamentos que explicam os segredos da formação do universo. Compõe a
parte mística da Torá, o livro sagrado do Judaísmo e foi transmitida oralmente desde o início dos
tempos.
Um dos primeiros textos sagrados sobre o assunto foi o Sêfer Raziel, entregue por um anjo a Adão,
o homem primordial.
Originada do hebraico le Kabel, a palavra “cabalá” significa recebimento, por ser um conhecimento
que a humanidade recebeu de Deus.
Os textos da Bíblia judaica, portanto, trazem mensagens ocultas, decifráveis apenas por meio do
estudo da Cabala.
Os cabalistas acreditam que o mundo é formado pela combinação das letras hebraicas, que funcionam
como um código genético.
“As 22 letras do alfabeto hebraico são a representação gráfica das 22 energias primárias que,
combinadas, originaram o mundo”.
Os cabalistas são capazes de modificar o curso natural dos acontecimentos ao manipular as letras
hebraicas.
No caso de um doente, por exemplo, a cura é possível através da visualização de uma seqüência de
letras.
“Mas nada é mágico e nem acontece de uma hora para outra. A pessoa deve mudar sua conduta,
estudar e entender a Cabala. É como adotar um novo sistema de vida”.
No Talmude, livro que ajuda a interpretar trechos da Torá, há narrações do poder das letras cabalísticas.
“Os textos bíblicos contam que Jacó, o terceiro patriarca do povo judeu, pediu ao sogro algumas
cabeças de gado. O velho respondeu que só lhe daria os bezerros que nascessem com determinadas
características físicas.
Jacó, então, ordenou as letras sagradas em um pedaço de madeira e as colocou onde o gado bebia
água.
Os bezerros nasceram como o sogro havia descrito”.
Hoje, os cientistas fazem o mesmo com a ajuda da engenharia genética.
Apenas poucos estudiosos conseguem praticar os profundos ensinamentos da Cabala.
“A teoria fala sobre a criação do universo, a vida após a morte e a evolução espiritual.
A prática, que ensina a modificar a estrutura e o rumo das coisas, é algo para pouquíssimos no
mundo”, diz o rabino ortodoxo Yakof Gerenstadt, de São Paulo.
Conta a tradição que, quando o Talmude foi escrito, quatro sábios começaram a estudar a Cabala
prática, mas apenas um deles se tornou cabalista. “Essa tarefa não é para qualquer um. Exige uma
elevação espiritual muito grande, difícil de alcançar”, afirma Yakof.
Os cabalistas usam a chamada árvore da vida, um desenho das conexões das energias que existem
no universo, para representar graficamente a realidade. Cada tronco dessa árvore indica uma sefirot,
um aspecto da manifestação de Deus nos seres humanos e no mundo – como a sabedoria, o
entendimento e o amor.
“Um eletrodoméstico explodiria se o ligássemos em uma hidrelétrica. Por isso, usamos as tomadas”,
afirma Cristina Tehilá. “As dez sefirot da árvore da vida são as tomadas da energia do universo.
Para refinar o espírito, devemos nos aprimorar em cada uma delas.”
.
.
KABALAH: A Árvore da Vida
Por Nadaw Crivelli e Rosane Queiroz
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Afinal, o que é cabala? Primeiro é importante saber o que não é. Não é uma espécie de numerologia
que ajuda a ganhar na loteria. Não deve ser confundida com algum ritual mágico para invocar
espíritos nem corresponde à última novidade entre tantas que surgem no imenso mercado místico.
“A cabala é um código pra decifrar as leis espirituais que regem o Universo e comandam nosso
destino”, diz a astróloga cabalista Graziella Marraccini, de São Paulo.
De origem Judaica, a cabala se baseia no “Zohar”, um livro de 2 mil anos, também conhecido como
“Livro da Revelação”. Durante séculos, esta sabedoria foi transmitida apenas aos rabinos e a
poucos eleitos.
Hoje é ensinada livremente e tem adeptos como Madonna e Mick Jagger. A palavra cabala, em
hebraico significa “receber”, e representa um conhecimento revelado por Deus – os estudiosos
acreditam que, quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei, na verdade, teria
trazido a cabala.
Ali, estaria impresso o plano da criação do mundo, uma espécie de DNA do Universo, que se baseia
nas 22 letras do alfabeto hebraico e na Árvore da Vida – aquela, também chamada de Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal, proibida para Adão e Eva no paraíso.
O MAPA DA SABEDORIA
A Árvore da Vida é uma estrutura composta por dez esferas, ligadas por 22 caminhos, que
correspondem às letras do alfabeto hebraico, cada uma com um significado que ativa determinada
vibração. O conjunto dessas dez esferas se chama sefiroth (é o nome no plural; no singular,
é sefirah) e simboliza os frutos da arvora da Vida.
Cada sefirah representa um talento ou uma característica que a pessoa tem, mas nem sempre
desenvolve ou utiliza corretamente. Durante a vida, as pessoas atravessam várias vezes os dez
sefiroth – um a cada ano. “O estudo e a prática da cabala nos ajudam a entender em qual ponto
estamos e quais obstáculos precisamos superar para evoluir espiritualmente”, diz Graziella.
Um dos principais fundamentos da cabala é a crença na reencarnação e na lei de causa e efeito: isso
significa que, se uma pessoa tem atitudes que geram conseqüências negativas, seu desenvolvimento
espiritual é prejudicado.
Quando ela morre e reencarna, retorna as dificuldades no ponto em que as deixou. A Árvore da Vida
funciona como uma bússola na jornada evolutiva da alma, e também ´pode ser utilizada em qualquer
processo criativo.
“Para dar vida a um projeto, temos de fazer o caminho da Árvore, de 1 a 10, compreendendo a
natureza de cada energia envolvida no processo, para conseguir superar as dificuldades”, diz a astróloga.
DE CORPO E ALMA
Quando a vida de uma pessoa “não anda” em algum aspecto, ou quando um projeto não vai para
frente, é sinal de que alguma etapa da cabala está mal resolvida.
Nesse caso, é necessário fazer uma análise de todo o processo. Identificado o problema, a pessoa
pode ativar a vibração de determinada sefirath, meditando sobre os símbolos e os 22 caminhos da
Arvore da Vida, que também correspondem aos 22 arcanos maiores do tarô.
A Árvore da Vida representa ainda os pontos do corpo humano e deve ser vista como se a pessoa
estivesse de frente para o espelho: A coroa, no alto, corresponde ao hemisfério cerebral direito; no
meio da coluna da esquerda, fica a esfera ligada ao braço esquerdo, e assim por diante.
Esses pontos estão ligados aos chacras – centros de energia -, que têm funções diferentes, de acordo
com sua localização. É fundamental tomar consciência da função de cada sefirah e desenvolvê-la.
Com base nos dez sefiroth também é possível definir dez categorias de pessoas, com qualidades
e defeitos.
A proposta da Árvore da Vida é que o ser humano vivencie cada uma delas, ao longo de sua existência.
AS TRÊS PORTAS DE ACESSO
Para saber em qual ponto da cabala você está, some os números de sua idade (por ex.: 35 = 3 + 5 = 8).
O resultado é o número da sefirah que corresponde à etapa e à categoria de pessoas da qual você faz
parte este ano. Se o número for. 1 ou 10, leia os dois porque um leva ao outro (1 +0 = 1). O 10 é o
fim do ciclo, que recomeça no 1.
A segunda maneira é pelo número que aparece com freqüência em sua vida, ou em datas importantes.
Se necessário reduza os algarismos a um número de 1 a 10
O terceiro modo de ler é relacionando alguma do seu corpo que se manifesta de maneira insistente,
através de dor ou doença, a sefirah correspondente.
.
.
.
Árvore da Vida com Da´at
Fonte: Cabala o Caminho da Sabedoria – Elizabth Clare Prophet – Ed. Nova Era
.
.
..
.
.
.
Adão Kadmon (literalmente “Homem Primordial”) é o arquétipo divino andrógino, a imagem
primordial
e semelhança de Deus em que fomos feitos. Alguns cabalistas ensinam que quando as sefirot
emanaram de Ein Sof, elas tomaram primeiro a forma de Adão Kadmon
Fonte: Cabala o Caminho da Sabedoria – Elizabth Clare Prophet – Ed. Nova Era
.
.
..
.
.
Os três Pilares
Fonte: Cabala o Caminho da Sabedoria – Elizabth Clare Prophet – Ed. Nova Era
PARA SABER MAIS:
“O caminho” (Ed Imago), de Michael Berg
“A Cabala Mística” (Ed. Pensamento), de Dion Fortune