Missionários da História 2

3ª mensagem


Fernando Bulhões




Queridos Irmãos,
Espiritualistas de Portugal e do Mundo :

Sou aquele a quem muitos conheceni Santo António de Lisboa. De facto, numa minhas diversas encarnações, desci ao mundo físico num dia 14 de Agosto, pouco importa em que ano, neste caso, pois os homens discutem esse aspecto, sem se deterem no importante, como frequentemente acontece.Um
dia sabereis com mais profundidade a importância que tem o dia 14 de Agosto para Portugal e para o Mundo. Por isso, foi programado meu nascimento para esse dia, não pela minha importância pessoal, que nenhuma era,nem é, mas sim pelo enquadramento da missão que me trazia, da qual poucos hoje terão conhecimento.
No cumprimento dessa missão, viajei por vários países e tive a rara ventura de conviver e servir com esse Grande Ser que na época dava pelo nome de S. Francisco de Assis, hoje um dos mais elevados, sábios e amados Mestres da Hierarquia Oculta que trabalha pelo Progresso do nosso planeta e suas gentes e a quem tenho a honra de continuar a Servir de muito perto.
A arte popular e religiosa faz representar a minha imagem com um livro na mão esquerda
e com o Menino Jesus sentado sobre esse livro ambos apertados contra o coração. A lenda popular atribui-me dotes casamenteiros.
Quero realçar esses dois pormenores que à maioria das pessoas cultas provocam um esgar de desconfiança, senão mesmo de rejeição. Pois não se está mesmo a ver que vivi doze séculos depois do nascimento do Mestre de Nazaré e que advoguei convictamente o celibato?
Devo dizer-lhes, no entanto, que a intuição popular raras vezes, ou mesmo nunca, se engana.
Pode é não compreender em toda a extensão e profundidade o significado dos símbolos que a sua clarividência vislumbra. Senão Vêde: Pois é claro que eu trazia, e prezo-me de trazer, o menino Jesus permanentemente no meu peito, brotando do meu coração aberto.Presença Crística em constante crescimento,símbolo do Amor, do Sacrifício e da Mediação.
Quero que seja bem visível essa presença aos olhos de quem a pode ver, para que todos façam nascer na sua própria Gruta de Belém, que é o seu centro cardíaco, rosa em botão, Graal que desponta, o menino-Cristo, presença divina cm ponte para o Pai, salvacão da Humanidade. E é o símbolo do Amor que nos redime e ninguém vai ao Pai senão por ELE.
Pois é claro que eu trago comigo um livro maravilhoso sobre o qual se apoia o menino.
Ou melhor, o menino e o livro são duas partes de um todo. Se o menino simboliza o Amor, o livro simboliza a Sabedoria, Luz da nossa Alma, porta aberta sobre o Reino do Eterno, do Perene , do que está para além dos efeitos e das aparências, Casa do Pai, Reino de Deus, Império das Almas Puras e das Grandes Fraternidades.

É pois o caminho do AMOR-SABEDORIA qeu quero mostrar ao Mundo, e os seus símbolos básicos foram bern compreendidos pelo bom Povo-Meu-Irmão!
E essa faceta casamenteira, que terá ela de verdade? Que simbolizará? O que é o Casamento, meus Irmãos? Não será o símbolo máximo da União entre os homens? Que maior União se pode conceber ao nível físico? Comunhão da carne, do sangue, do intelecto, da emoção, da dor, do prazer, do trabalho, do repouso, da paternidade, da criação?Não será a União matrimonial e seus atributos a mais perfeita reprodução, ao nível físico, da Luz do Amor e do Poder, triângulo básico da expressão divina na contraparte inferior?
Tomando esta União como base, não poderemos alargá-la em círculos sucessivos até ao infinito? Do ponto de partida União-matrimonial não chegaremos à União omni-abarcante, casamento místico com toda a Criação e com o Criador?
É essa a minha mensagem casamenteira. E se advoguei o celibato naquela minha encarnação e naquela conjuntura, foi porque queria exprimir o Amor Total, por tudo e por todos, e parecia-me ser uma limitação a este, o comprometimento exclusivo de uma vida de casado.
Nesse exagero místico confesso que errei e não recomendo tal atitude a ninguém desta época, salvo em raríssimas excepções. É, sem dúvida, mais fácil o caminho do celibato para o místico, mas não eximindo-se às dificuldades que se averbam os pontos mais valiosos. É passando por elas e vencendo-as.
Por isso, continuarei a interceder por isso e a ajudar quem a mim se dirija com um pedido de União sincero e amoroso. Sêde unidos e amai-vos na Graça de Deus! E caminhai alegremente, rumo ao Amor e à Sabedoria, com os olhos postos nesse outro Cristo que há-de vir em breve, para de novo se sentar à mesa com os seus fiéis e arrebanhar a Humanidade para os destinos da Salvação. Preparai-vos todos, interior e exteriormente,-para esse grande momento que se aproxima. Através de uma vida correcta, uma actividade correcta ,uma visão correcta, um discurso correcto,um raciocínio correcto, uma decisão correcta,uma labuta correcta e uma meditação correcta ,atingireis essa preparação, e, de mãos dadas com o Cristo, transporeis as portas do Reino.
Alegria, muita alegria, porque a hora está chegando.


Fernando de Bulhões

4ª mensagem

Pedro Álvares Cabral


Irmãos,
É chegada a hora das grandes revelações, prelúdio do momento pelo qual a Humanidade
tem ansiosamente esperado durante os últimos dois milénios.
É preciso que aqueles cujos horizontes pessoais de expressão espiritual se encontram já libertos dos grilhões dos dogmas e do sectarismo sejam a guarda avançada da multidão que e vai formar em redor de um Grande Mestre que em breve se vai revelar ao Mundo.
Quisera Ele descer com o conhecimento e apoio das Igrejas, mas tal, infelizmente não é possível, já que as pedras vivas andam arredadas de tais edifícios, residindo algumas isoladas na sua desilusão dos colectivos estácticos, e outras no seio de pequenos grupos de livres pensadores, de ocultistas, de espiritualistas em geral. Por isso, foi decidido fazer espalhar as revelações primeiras entre estes grupos e aquelas pessoas. A forma deste pequeno País chamado Portugal obedeceu a desígnios altíssimos das Forças Ocultas que velam pela evolução planetária. Para não entrar em pormenores e compartimentações que, por agora, só causariam confusão,dir-lhes-ei somente que essas Forças são geralmente apelidadas de «GRANDE FRATERNIDADE BRANCA». A ela pertencem elementos encarnados e desencarnados, desde os mais valiosos estudantes da Sabedoria Universal. A ela pertencem, ou com ela colaboram, embora disso não tenham conhecimento consciente, muitos de vós, Irmãos que me lêdes neste momento.

Os desígnios que presidiram à formação de Portugal, País que geograficamente não tem fronteiras plausíveis, mas que se mantém uno e independente dentro delas há mais tempo do que qualquer outro País europeu, são de ordem transcendente e espiritual. Portugal foi criado para ser o porta-chaves do Quinto Império.
Na sua formação, foi determinante a acção dos Templários, Ordem então detentora dos mais preciosos segredoss ocultos e instrumento da Grande Fraternidade Branca e da sua Hierarquia, nome que se atribui ao escol de Altos Iniciados, ou Irmãos Maiores, ou Mestres da Sabedoria que a governam.
Ao longo da sua História foi palco do desenvolvimento do Grande, Plano que presentmente se aproxima do seu ápice espiritual tendo tido a expressão física mais saliente na Época dos Descobrimentos. No período dessa incomparável Epopeia, destaco pelo relevo material e espiritual que contêm, os dois objectivos fulcrais: a abertura da via directa para a Índia e a descoberta do Brasil.

Na primeira, caberia aos Portugueses dar o passo inicial, para depois cederem o lugar aos Britânicos, seus aliados em todos os planos de manifestação, a quem estava destinado o prosseguimento do Plano reservado ao aprofundamento dos laços entre o rico Oriente e o Ocidente Europeu. Aprendi que em tudo existe uma faceta e um motivo oculto, pelo que, quando digo rico Oriente, refiro-me, não às especiarias, tecidos, pedras preciosas e outros bens materiais, mas à riquíssima tradição e conhecimento espiritual que aí se encerravam desde há milénios e que era necessário que fossem divulgados e absorvidos nesta parte do Mundo. Foi, portanto, dada aos Britânicos a tarefa de trazer a rica tradição do passado Oriental para a projectarem no presente Europeu.

Coube aos Portugueses a Grande Missão que principia onde termina aquela : a de pegarem no presente Europeu, enriquecido com o passado Oriental, para o projectarem no futuro Brasileiro, centro da circunferência que conterá a Humanidade do Terceiro Milénio, Pátria onde se tornará urna palpável e maravilhosa realidade o Quinto Império, o Império Espiritual.
Coube-me a mim, humilde Discípulo, o papel de ser o instrumento que oficializou os dois actos mais significativos da passagem que acabo de descrever, embora pela ordem inversa e com uma distância temporal de quase 500 anos. No ano de 1500, encarnado com o nome de Pedro Álvares, Cabral implantei no Brasil o Padrão da Coroa portuguesa, abrindo o Caminho do Futuro. No ano de 1947, encarnado com o nome de Gandhi, negociei o fim do domínio Britânico sobre a India, lido que já estava o Livro do Passado.
A Missão material dos Portugueses no Brasil está há muito cumprida. Começa agora uma Missão de um teor infinitamente mais elevado e da qual mal se vislumbram os contornos.
É preciso que todos vós, espíritos abertos ao Progresso e ao Amor, colaboreis em tão maravilhoso Plano. Para tal vos convoco solenemente.
Bem hajais!


Pedro Álvares Cabral