Os Descobrimentos Portugueses

Os Descobrimentos Portugueses como percursores

do Quinto Império a ser “descoberto” por nós

Paulo Andrade

 

Falar da verdadeira Missão dos Descobrimentos, directamente implicada à verdadeira

Missão de Portugal, é algo que não é tarefa fácil, pois desde sempre nos ensinaram nas escolas

que tal epopeia foi um mero fruto do acaso, ou então ou mero fruto de devaneios de quem na

altura liderava as nossas hostes. Mas, terá sido realmente assim? Não nos parece, pois na nossa

visão da História não existem casualidades, mas sim causalidades definidas por quem de direito e

com objectivos excelsos, na maior parte das vezes ocultos ao olhar profano com que infelizmente

ainda hoje se vê e é ensinada a História. Parece-nos também evidente que tal Missão dos

Descobrimentos ainda não terminou, pois no presente e no futuro muito mais há a descobrir na

perspectiva de um

Advento do Espírito Santo ou do seu Reinado como Quinto Império que já

se está a manifestar, mas que só o sentiremos quando o descobrirmos em nós, enquanto

Portugueses em particular e no geral como potenciais
Jivatmas (Homens Universais).

Mas para percebermos um pouco da Missão de Portugal, e logo de todos nós enquanto

Povo, temos que falar um pouco sobre essa História Iniciática de Portugal, aquela que por ser

desconhecida dos historiadores profanos não deixa de ser bem real, provavelmente até mais que

a usual vulgarizada nas carteiras de escola, e muitíssimo pensada e sentida por todos aqueles

efectivamente ligados à Obra do Eterno na Face Terra (
Teurgia). Sendo assim, podemos

adiantar que no território que hoje se chama Portugal havia uma montanha que era a mais

elevada da quinta região ou cantão do continente da Atlântida, e que levava o nome da mesma:

Kurat. Ora, no cataclismo que marcou o final do Período Quaternário essa Montanha de Kurat,

devido aos estertores sísmicos, roncando trepidosamente fazendo coro as dantescas vagas

oceânicas como grito de agonia de uma Raça em estertor final, distendeu-se como uma lomba,

deslizando parte para o interior da Terra através de gigantescas fendas ou feridas abertas na

crosta, e uma outra parte deslizou adentrando o Mar Atlântico que a submergiu até onde se situa

aproximadamente as Ilhas Canárias e de Cabo Verde. Outra parte ficou a descoberto,

geologicamente interrompida subitamente onde é hoje o Cabo da Roca, este o ponto mais

ocidental da Europa, também chamado da Pedra e da Serpente (

Capum Serpens, dos antigos

latinistas), portanto, a “Pedra da Serpente” ou o “Lugar Pétreo das Serpentes”, melhor dito,

Hipogeo de Iniciados, velado nas entranhas vitriólicas da Terra, bem se sabendo que a serpente

é símbolo representativo do Iniciado (Oestremya e Ophiussa, termos gregos significando“serpente”, assim como

Naga em sânscrito e Naha em hebraico), do que possui desperto o Fogo

Criador do Espírito Santo que o alumia física e espiritualmente para sempre.

Desse período longínquo em cuja época áurea houve uma Idade de Ouro, cuja memória

subjaze ao inconsciente colectivo da Humanidade, particularmente do Português, como estado

abstracto de
saudade, ainda há muitos vestígios geológicos e arqueológicos dispersos por todaessa zona que foi lomba e é hoje a Serra de Sintra. Tal como esta Montanha atlante “espraiouse”,

também o restante cantão separou-se do resto do continente ficando só uma camada ligandoo

ao mesmo e que são hoje os cumes gelados da cordilheira dos Pirinéus... e assim se formou a

Península Ibérica, ou seja, a povoada pelos Iberos como povo remanescente ou sobrevivente do

Dilúvio Universal, portanto, atlante.
Ibero provém de I-brah ou “o primeiro”, que como raça

primeira a existir aqui, e como Brah tem a ver com o “Primeiro Deus” ou o Primeiro Aspecto da

Divindade: Brahma ou o Pai, mais tarde identificado por Lígures e Celtas ao Povoador ou Manu

 

 

Lug de quem, diz-se, viriam a descender os Lusitanos...Com o surgimento dos Lusitanos ou Lugsignan, a parte da Península Ibérica que

ocuparam veio a ser chamada pelos Romanos, que os absorveriam mas não os dominariam nem

tampouco exterminariam, de
Lux-Citânia, “Lugar da Luz”, por duas razões, uma exotérica e

outra esotérica: a primeira, por haverem aqui os maiores filões de ouro e de outros metais

preciosos de toda a Europa; a segunda, sendo a principal, por no centro do região litoral da

Península estar situado um “Centro de Luz Vital” (
Chakra) que atraía todos os povos e culturas

para aí, criando um novo tipo de civilização, heterogénea nos elementos atraídos, homogénea

nos elementos agregados.

Da ligação dos Celtas do Norte do território com os primitivos Iberos, nasceram os

Celtíberos que viriam a estar na génese dos primitivos Portugueses, logo se fundindo com o

restante da população Lusitana do Centro e parte do Sul do que hoje é Portugal.

Todos nós sabemos mais ou menos dos acontecimentos que levaram à fundação de

Portugal, nomeadamente da batalha de São Mamede em que
Afonso Henriques combate a sua

mãe vencendo-a, e por isso não vamos adiantarmos muito mais sobre tais factos, pois tal não é o

objectivo deste estudo. No entanto não podemos deixar de afirmar que
Afonso Henriques mais

não era que EL RIKE, o “Rei (Rike, Rishi) e Guerreiro Divino (El)”, indo fundar a Naçãoprimeira de todas da Europa:

Porto-Graal, posteriormente Portugal, atribuindo a sua fundação

e protecção a uma Confraria Secreta Supra-Iniciática de quem ele era o próprio Grão-Mestre –

sobre todas as outras a Soberana
Ordem de Mariz, a qual manteve e mantém o ancoramento da

Energia Crística na Pessoa Excelsa da Mãe Divina nesta nossa Pátria Privilegiada, irradiando

daqui a todo o Continente e ao Mundo, tendo por “omphalo” o próprio Templo de Cristo e Maria

no Mundo dos Deuses cuja abóbada é a própria
Montanha Sagrada de Sintra.

Sendo uma Emanação Divina como todas as outras verdadeiras Ordens da OBRA DE

MELKITSEDEK, o REI DO MUNDO, a
Ordem de Mariz não está exteriorizada no planofísico profano, secular sob a influência funesta da Kali-Yuga ou “Idade Sombria” afligindo

todos os seres viventes sobre a Terra, mas, contudo, é a Mentora Secreta de vários Movimentos

Ocultos e Iniciáticos agindo no solo nacional e internacional. O seu Pendão de borlas douradas e

brancas (cores indicativas de Cristo e Maria), ou melhor, azul suave quase branco, possui no

pano as duas cores básicas verde e vermelha, as quais representam respectivamente as duas

Energias Cósmicas fundamentais,

Fohat e Kundalini, pomo de uma Yoga muito secreta levadaa efeito pelos seus Preclaros Membros mas também realizada (por ser a Realização de Deus)

pelos Munindras da C.T.P., e... por ordem causal e não de casualidade, tais cores além de serem

as da actual Bandeira Pátria, foram também as de duas Instituições exteriores que lhe montaram

“Círculo de Resistência”: a
Ordem de Avis e a Ordem de Cristo.

Esta protecção da MÃE DIVINA à Nação Eleita por seu Divino Filho aquando do

Milagre Patrocristológico ao Insigne
El Rike, tem-se feito sentir ao longo de toda a sua História,sendo que Mariz é Maris e Maria, será a Ordem Representativa desta, inspiradora da fundação

daquelas citadas acima, quem posteriormente protagonizou a Missão Lusa dos Portadores da Luz

de Deus “por mares nunca antes navegados”, encabeçando a expansão universalista de Portugal

na sua Missão de “dar novos mundos ao mundo”, na realização concreta da Vontade Divina –

“Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce”...

Portugal, como Cabeça Eleita do Quinto Império (o Império do Espírito Santo ou da

Era de Aquário), ostenta na sua bandeira mais que sagrada as cinco quinas indicadoras do

Quinto Centro Universal ou Chakra Planetário, sendo também as cinco chagas por onde correu o

Sangue Real (donde
Sang Greal e Santo Graal) de Cristo que desceu pelos veios tortuosos da

Terra desde Jerusalém espiritualmente perdida a Sintra divinamente achada!... Por isso e muito

mais ainda, este só podia ser o País do
Porto-Graal, cujo Povo singular agrega em si, numa

miscegenação racial singular, as mais diversas etnias (celtas, lusitanos, romanos, godos,

germanos, judeus, árabes, etc.) que o tornam efectivamente o
Populus Lusus ou Povo da Luz...

de Deus neste seu Trono ou Terra Eleita – Lux-Citânia ou Porto-Graal, tanto vale.Foi EL RIKE o Fundador da Nação e é EL RIKE, o Navegador, o

Infante Dom

Henrique quem estrutura e consolida as bases que levarão à expansão de Portugal, como missãode aproximar e até fundir culturas não antagónicas mas opostas.

Unir o Oriente ao Ocidente,

eis a meta. Tendo começado tudo com os Mauritanos ou Mouros – que vão bem que a Quinta

Linha Maru, Maura, Moura ou Mória subjacente aos destinos maiores da Nação – em que após a

 

 

Maria Mãe de Portugal

Rainha Protectora do Reino,

Orai pro nobis

Noster Stella Maris!

Oremus pro vobis

Mater Dei, Stella Unica!

Bijam

 

sua conquista integrou os conhecimentos árabes superiores, a matemática, a astrologia, a

medicina e a alquimia com os princípios do Cristianismo, cujo ecletismo ele, Dom Henrique,

bem soube assumir como 8.º Mestre e Governador Geral da Ordem de Cristo. Portugal ao iniciar

a expansão do seu Império Temporal traçou um entendimento amplo entre as raças, criou a

miscegenação entre as raças, dando origem a novos biótipos humanos, iniciou a função para a

qual as raças foram criadas, a de se fundirem todas harmonicamente originando uma só Raça

Humana. Isto é a Fraternidade ou Concórdia Universal dos Povos, tanto valendo por

 

Sinarquia,

paradigma subjacente a toda a Gesta Henriquina e que prossegue até hoje no escol dos Maiores

da Portugalidade.

Não é por acaso que ele é denominado genericamente não pelo nome próprio,
Henrique

de Borgonha e Lencastre ou Lencaster (Henry de Borgogne et Lencaster), mas unicamente

Infante Henrique de Sagres, não só por se referir a ter criado a Escola Náutica de Sagres, onde

se deu génese dos Descobrimentos Marítimos que de forma sublime congeminou, mas sobretudo

porque as suas iniciais formam a sigla avatárica ou messiânica
IHS ou JHS, o que suscita

algumas reflexões. A sigla JHS, com efeito, assinala o Governo Espiritual do Mundo. Aocentro a letra

H representa o Rei do Mundo, ladeado pelas suas Colunas Vivas J e S,

expressando assim a manifestação das 3 Energias Primordiais. Esta sigla é pois atribuída a

alguns Grandes Seres que colaboram estreitamente com o Trabalho específico dessas Altíssimas

Entidades espirituais. Aquela que foi a sua divisa,
Talant de Bien Faire (“Talento de Bem Criar

ou Fazer”), pode então ser interpretada de forma mais objectiva referindo-se Talant à Vontadede Deus, ligada ao 1.º Raio Primordial, enquanto

Bien é o Bem, no sentido da Harmonia e do

Amor ou, como diria o Professor Henrique José de Souza, “o Bem, o Bom e o Belo”, estandoligado ao 2.º Raio Primordial, o do Amor-Sabedoria de Deus, e finalmente

Faire, o Fazer, a

Actividade Inteligente de Deus do 3.º Raio Primordial. Deste modo subentende-se a

manifestação da Tríade Superior ou as 3 Hipóstases Divinas (
Pai, Mãe e Filho) manifestadasnuma só Pessoa, o próprio Infante Henrique de Sagres, o que “tem o Globo do Mundo numa

mão e o Ceptro na outra”, segundo Fernando Pessoa, ou seja, representando no Mundo da

Manifestação ao próprio Rei do Mundo. Não foi por acaso que na época era o Grão Dirigente da

Soberana
Ordem de Mariz...

O Infante Dom Henrique também foi, como já se disse, Governador Geral da Ordemde Cristo

, esta a herdeira universal dos antigos Templários e, consequentemente, de todos os

seus segredos e também riquezas, não só materiais mas sobretudo espirituais, que iriam

possibilitar a fixação das bases da excelsa empresa dos Descobrimentos. Foi efectivamente um

homem de “visão” que sabia, de facto, de onde vínhamos e para onde íamos, enquanto Nação.

Os historiadores profanos apontam normalmente várias razões simples para a realização

da empresa das Descobertas Marítimas: a evangelização, o comércio e o ouro, os escravos e o

poder. No entanto, de uma forma simples Diogo Gomes, navegador ao serviço do Infante D.

Henrique, retrata as verdadeiras razões de «desejar o Infante conhecer as regiões mais afastadas

do oceano ocidental, enviando caravelas para procurar terras»...

Cinco razões mais uma são apontadas no 7.º capítulo da
Crónica dos Descobrimentos eConquista da Guiné, de Gomes Eanes de Zurara. São elas, resumidamente:

1.ª – A vontade de saber sobre a terra que ia para além das ilhas Canárias e do cabo

Bojador, pois falava-se para além delas existiria uma ilha por onde já passara São Brandão, e daí

ele ter mandado para lá as caravelas.

2.ª – Pensando que pudessem haver povoações e portos cristãos que estivessem isolados,

teria interesse em desenvolver trocas comerciais com eles, beneficiando ambas as partes.

3.ª – O desejo de saber qual o verdadeiro alcance do poder dos mouros em África.

4.ª – Embora há 31 anos combatesse contra os mouros e nunca tivesse encontrado rei

cristão, desejava saber se naquelas paragens existiriam príncipes cristãos que o ajudassem no

combate.

5.ª – O desejo de propagar a «Fé de Nosso Senhor Jesus Cristo, e trazer a ela todas as

almas que se quisessem salvar», enfim, o espírito missionário.

Os historiadores clássicos favorecem sempre uma ou outra dessa razões mas esquecendo

ou ostracizando uma sexta, para nós a mais importante, nunca a referenciando na continuação da

Crónica no capítulo onde Zurara aponta essas razões, dizendo:

«Mas sobre estas cinco razões tenho eu a sexta, que parece que é a raiz de onde todas as

outras procedem, isto é, a
inclinação das rodas celestiais

Esses considerandos levam-nos a uma outra linha de raciocínio que pensamos ser

fundamental para o entendimento da Missão dos Descobrimentos e logo de Portugal. A

“inclinação das rodas celestiais”, isto é, o posicionamento dos astros na esfera celeste, é que sem

dúvida é o indicador dos acontecimentos concretos que se operam à face da Terra, pois segundo

o axioma hermético da
Tábua Esmeraldina, de Hermes Trimegistos, “o que está em cima é

como o que está em baixo”. Existe então uma razão astrológica, fundamento de todas as outras,

esclarecendo melhor as razões do Infante que foram ditadas pelo próprio a Zurara, alicerçadas na

observância estrita do Amor Fraternal que unia a todos os Cavaleiros da
Ordem de Cristo, nosseus diversos graus. Nos textos que compõem a Crónica são transmitidos dois segredos

fundamentais: o primeiro consubstancia um tratado de Astrologia, transmitido através do relato

das viagens efectuadas, associando cada um dos 12 signos do Zodíaco aos 12 Trabalhos de

Hércules; o segundo, o fundamental, prende-se com a real intenção que motivou o Infante a

impulsionar a Gesta Portuguesa pelo vasto Oceano resgatado para Portugal –
Maris Nostrum.

E falando de Astrologia temos que referir que referir obrigatoriamente a misteriosa

conjunção planetária de
Júpiter e Saturno, de cujo movimento se originou a Swástika,

simbolizando a Divindade em Acção e que esteve patente na manifestação, aqui na Terra, do

Infante Dom Henrique. Essa conjunção do 1.º e 7.º planetas do nosso Sistema de Evolução

Planetária (Saturno e Júpiter), tem o nome aghartino de Asga Laxa, o “Esplendor do Céu”, cujosímbolo representa o movimento sobre e sob a Terra, ou seja a acção do

Pramantha no Segundo

e Terceiro Tronos, no Céu e na Terra, sob o impulso do Imanifestado, o Primeiro Trono. Quando

se dá essa conjunção avatárica, está presente a acção da Hierarquia Celeste (
Matra-Devas) e da

Hierarquia Terrestre (Manasa-Putras) junto da Humanidade, em particular juntos dos “Filhosda Luz”, os Lusos, os

Assuras humanos que tiveram por Grão-Mestre o próprio Infante

Henrique de Sagres, na época, repetimos, o Supremo Dirigente da Soberana Ordem de Mariz.

Júpiter expressa então a Geração relativa ao Segundo Trono, ou o Tetragramaton como

expressão ideoplástica do Homem Cósmico que é Jehovah, Jeove, Jove ou Júpiter, e Saturno

expressa tudo quanto tem a ver com o Seio da Terra, o Terceiro Trono, daí advindo as expressões

Sabaoth, Sabath, Sábado, Saturno, deste derivando Saturnino. Juntando Júpiter e Saturno

tem-se, como foi referido, a palavra Asga Laxa, igualmente designando o “Senhor do Governo

de dois Mundos”, o Celeste e o Terrestre, o que vale por Melki-Tsedek ou Chakra-Varti, masque na conjunção referida é

AKBEL... o Sexto Luzeiro em que se apoia o Quinto. Como se

observa, então Júpiter domina a haste superior e Saturno a inferior da Cruz Mundanal. Pelo AsgaLaxa

tem-se também a Força Centrípeta (Tamas – Saturno) do Universo e igualmente a Força

Centrífuga (Satva Júpiter), sendo que essas duas Energias e Consciências tomaram forma unana figura magistral do

Infante Henrique de Sagres, a qual se bifurcou ou tornou-se dual através

dos seus dois Ministros ou Colunas Vivas: Cristóvão Colombo (Coluna J), para a Luz Celeste(

Fohat), e Pedro Álvares Cabral (Coluna B), para o Fogo Terrestre (Kundalini), de quem

falaremos mais adiante.

Conforme sabemos, a marcha das civilizações vem do Oriente para o Ocidente,

acompanhando a trajectória do Sol e caracterizando o Itinerário de IO ou YO, que, em outras

palavras, representa o “caminho percorrido pelo Sol”, o que também é símbolo da Mónada

Peregrina. Em obediência a esse trâmite, o Infante D. Henrique fundou em Sagres a sua famosa

Escola de Navegação, de onde saíram bravos marujos que descobriram para o mundo – já que os

Iniciados as conheciam de há muito – as terras até então ignoradas. Por volta do ano 1500,

começaram a tomar maior vulto as grandes navegações visando à descoberta de novas terras:

buscava-se o Novo Mundo, a Terra do Futuro, que o

Infante Henrique de Sagres (IHS) sabia

muito bem existir. Foi quando apareceram no cenário humano das grandes navegações aqueles

dois nomes que se imortalizaram pelos seus feitos:
Colombo e Cabral. Membros efectivos da

Escola de Sagres, Colombo, cujo verdadeiro nome era Salvador Gonçalves Zarco, antecipou-se a

Cabral, tocando primeiramente as terras da América do Norte com a sua esquadra. Em seguida,

Cabral navegou para a América do Sul indo oficialmente redescobrir o Brasil.
ChristoferensColumbus, o “Cristo” Navegador, e Pedro Álvares Cabral, o “Kumara” Investigador, foram os

dois grandes luminares da nova era, inaugurando uma época de modernismos em termos de

avanços tecnológicos para o mundo de então.

Três factos nos interessam de perto para que possamos compreender melhor a nossa

História. São eles:

1.º – A Ordem de Mariz, cujo Chefe era o Infante Henrique de Sagres.

2.º – A Escola de Navegação de Sagres, cujo Líder era o Infante D. Henrique.

3.º – A América inteiramente preparada para receber os descobridores em 1500.

É interessante notar que são sempre os mesmos Seres que tramam a História:

primeiramente foram aparecendo diversas vezes em terras da América, a fim de preparar os

povos autóctones para receber os descobridores e colonizadores. Depois, após desencarnarem,

vão para a Europa onde tornar a reencarnar, com a missão de fortalecer os impérios, fomentar a

ciência e criar escolas de navegação, instigando as grandes navegações a fim de promoverem a

descoberta das terras por eles já preparadas. Depois revestem-se das figuras dos descobridores:

Infante Henrique de Sagres (o mesmo Quetzal-Coatl), Cristóvão Colombo e Pedro Álvares

Cabral, suas Colunas ou Ministros. Após a descoberta, tratam aqueles Seres de provocar, na

Europa, revoluções e perseguições político-religiosas, a fim de, se assim se pode falar, expulsar

elementos da Europa com o intuito de irem povoar a nova terra. Povoada a terra e estabelecidos

os centros indispensáveis para o seu progresso, tornava-se necessário libertar as colónias do jugo

das metrópoles que as sugavam. São fomentados, ou melhor, são urdidos os planos para a

decadência dos grandes impérios. Assim, um, dois, três e tantos mais impérios caiem,

desaparecem na sombra da História...

De maneira que com os meios necessários para a empresa dos Descobrimentos, bastava

apenas que os principais actores entrassem em cena, para que se completasse o sentido último da

Missão dos

Templários e se compreendesse o verdadeiro significado do seu Tesouro. No final

do século XV e no início do século XVI (presenças dos 5.º e 6.º Luzeiros), Cristóvão Colombo

e Pedro Álvares Cabral descobrem esse Tesouro, como executores do plano secreto do Infante,

eles que eram filhos espirituais da Escola de Sagres e da Ordem de Cristo. Com a Cruz de Cristo

agora sob a égide da Trindade desenhada nas velas suas naus,
Cristóvão Colombo pisa o solo deuma ilha no fim do mar ocidental e lhe deu o nome de uma modesta vila alentejana: Cuba.

O tesouro material, o dinheiro, o ouro e a prata e as jóias da Ordem de Cristo esgotaramse

com o tempo, mas o Tesouro espiritual, esse deposta na Arca da Aliança que é dizer SantoGraal

, manteve-se inesgotável, e encheu das maiores riquezas aqueles que o guardiavam e

transportavam aonde o Espírito Lusitano fosse plantar novas sementes de Civilização. O

verdadeiro Tesouro dos
Templários estava assim bem conservado, e por ele Portugal alcançou

um dos objectivos fundamentais, se não o mais fundamental, à sua Missão Planetária. Isto por na

realidade sabermos ser na continente americano que surgirão os biótipos humanos das futuras 6.ª

e 7.ª sub-raças da actual 5.ª grande Raça-Mãe, que todos sabemos ser a Ariana. Sendo assim,

torna-se facilmente compreensível que o objectivo último dos Descobrimentos, motivo da

Diáspora dos Lusos, foi na realidade alcançar a convergência de vários tipos humanos num

mesmo espaço geográfico, falando a mesma língua, e que, pelo processo de caldeação ou

miscegenação racial, pudessem alcançar novas formas humanas condizentes com o futuro nível

consciencial ou espiritual do planeta.

No entanto diversas circunstâncias decorrentes da evolução do nosso Globo e do livre

arbítrio dos homens, algumas delas relativamente recentes, conduziram à necessidade daqueles

dois biótipos humanos (6.ª e 7.ª sub-raças) virem a manifestar-se no continente sul americano,

mais propriamente no Brasil, ficando a semente da 6.ª sub-raça na região de Mato Grosso –

Roncador, Norte do Brasil, ligada à América do Norte, e a semente da 7.ª sub-raça na região de

Minas Gerais – São Lourenço, no Sul inteiramente ligada ao próprio Brasil, segundo um

processo iniciático que o insigne Professor
Henrique José de Souza (o Mestre JHS dosTeúrgicos e Teósofos) apelidou de Missão Y. Missão Y é assim designada por ter a ver com a

Marcha da Civilização Humana desde os seus primórdios do Extremo Oriente ao Extremo

Ocidente, ainda assim no seu início ariano bifurcando-se como as duas hastes do
Y, sendo que a

lunar indica a transmigração do melhor da Raça Atlante para a Ariana indo fixar-se na Meseta do

Pamir e daí deslocando-se para o Norte da Índia indo povoar toda a Ásia Maior, conduzida pelo

Manu
Vaisvasvata, enquanto que a haste solar é representada por aquela Leva Humana guiada

pelo Manu Osíris, que apareceu junto ao Eufrates no Vale do Nilo e se propagou seguidamentepela bacia mediterrânea (ponto axial do

Y), juntando-se aos povos da Ásia Menor, já sob a acção

condutora do Manu Ram. A partir daí e sob a direcção do Legislador Ur-Gardan, deu-se aGrande Marcha da Raça para o Extremo Ocidente da Europa, rumo a onde é hoje

Portugal, e

logo, durante a Proto-História por via dos Fenícios, Cartagineses, etc., seguiram-se as

Navegações Manúsicas para o Extremo Ocidente do Mundo, as Américas, indo preparar os

autóctones sobreviventes ao Dilúvio Universal para mais tarde receberem os navegadores e

ibéricos e constituírem todos juntos a singular condição Ibero-Ameríndia (haste andrógina do

Y, a que suporta as duas superiores, sendo aquela inferior, ou melhor, Aghartina).

Posto tudo, podemos então dizer que o Infante Dom Henrique encarnava um Ser de

grandeza espiritual ímpar possuído do único e definido propósito de dar início às condições

objectivas que possibilitassem séculos depois a aparição de novos tipos humanos na América do

Norte e na América do Sul. Na verdade, o Infante foi, no final da Idade Média, o primeiro

Iniciador e Arauto do advento da

 

Era de Aquário, da Idade de Ouro, do Império do Espírito

Santo, de Siva ou Avis, anagramaticamente, e que haveria de ter na Tradição Portuguesa outros

continuadores da sua Obra, como o Poeta Luís de Camões, o Padre António Vieira e ainda

 

 

Fernando Pessoa, dentre muitos outros Arautos da mesma Tradição e Obra. O Infante acaba porassumir também uma função Manúsica, ou seja, actua como um Manu, um Iniciador de uma

nova expressão física e consciencial da Família Humana, ao promover a fusão das Mónadas

ibéricas, essencialmente lusitanas, com as ameríndias brasileiras.

Quanto a
Cristóvão Colombo, “aquele que transporta a Pomba de Cristo”, tão-somente é

o nome sacramental e não baptismal, portanto simbólico, do Iniciado que foi, muito ligado à

Secreta e Iniciática
Ordem de Mariz. O seu nome provém de Columba, a “Pomba” de todas as

Iniciações, o Espírito Santo das homenagens divinas. Na verdade Colombo era de origem

Aghartina no que diz respeito à sua maternidade, pouco importando que o seu pai tivesse sido

um nobre de sangue tanto português quanto castelhano, para fazer jus à “descida das Mónadas

ibéricas” que deveriam formar uma Nova Civilização Ameríndia, cuja Missão seria completada

por outro personagem misterioso, também de estirpe
Aghartina, de nome Pedro ÁlvaresCabral.

A devoção e o culto ao Divino Espírito Santo, a Maria, Mãe Divina, ou melhor, a

obediência que devia à
Ordem de Mariz, levou Colombo a conduzir a sua esquadra chefiada

pela nau Santa Maria em vez de directamente às Canárias, como previsto, ao arquipélago dos

Açores, que era nem mais nem menos que o último reduto lusitano da Atlântida ibérica, aí onde

estava um Posto da Milícia Mariz, às vistas de todos sem que todos suspeitassem sequer de ser

esse um “formigueiro de Adeptos”. Feitos os relatórios à
Ordem de Cristo de que fazia parte e

fora “emprestado” pela mesma à corte de Aragão e Castela, e abonada de provisões, de novo a

esquadra se fez ao largo, e em rota só conhecida por ele e pelos oficiais superiores da Ordem.

Após passagem por Cabo Verde e seguindo as correntes marítimas suscitadas pelos ventos do

Noroeste, chegaram inevitavelmente às costas das Índias Ocidentais, ou seja, chegaram à

América do Norte. Processo idêntico aplicou Pedro Álvares Cabral para alcançar a América do

Sul, navegando um pouco mais transversalmente e indo assim aportar junto ao areal de Porto

Seguro, na costa brasileira da Bahia de Todos os Santos.

O mundo ideal, espiritual de ambos os insignes Personagens incompreendidos e

compensados com a ingratidão cruel do comum das gentes, o seu valor profético e teúrgico,

granjearam-lhes uma feição supra-humana, pois não foram somente homens audazes e

navegadores intrépidos, mas sobretudo os
Jinas ou Génios da Inspiração da Raça em seu tempoprovindos da mais que lendária impenetrável Agharta, por ser Terra Santa proibida a profanos

de toda a espécie, incluindo intelectuais espiritualistas de escol social, por estarem fora da Obra

dos Deuses, essa a Terra Modelo do Paraíso Terreal na qual se inspirou a criação da famosa

lenda do “Ovo de Colombo”.

Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral, ambos saídos da Escola Naval do InfanteHenrique de Sagres, complementaram-se entre si, na complementaridade da Missão única que

estavam destinados a realizar. Ambos deviam as cartas e os planos que lhes permitiram ir ao

Novo Mundo, aos
Templários, ou antes, aos sucessores destes, os Cavaleiros de Cristo da

Escola de Sagres, mas ficando sujeitos à lei do sigilo, pelo que deveriam guardar silêncio sobre

tão valiosa documentação.

Sendo assim, a Missão de
Pedro Álvares Cabral não foi mais que um codicilo para o

espiritual Testamento de Cristóvão Colombo, sendo por isso a pedra fundamental ao raiar do

século XVI (1500) do futuro e grande Edifício Humano. Tanto o brasão de Colombo como o de

Cabral são cercados de ramos partidos do mesmo trono, este o Tronco Divino e não Humano,

Aghartino por excelência, por ser o “Tronco da Árvore Genealógica dos Deuses, Kabires ou

Kumaras”!... O facto de alguém se chamar Pedro Álvares Cabral, logo tomando a analogiafilológica de

Cabral com Capris ou Capricórnio e Kumara, e adoptar por brasão vários ramos

de uma árvore (a mesma “Árvore Genealógica dos Deuses”) tendo abaixo, no escudo, dois

cabritos, e em cima, na cúspide, um outro um pouco menor, justificando a Trindade Kumárica

de Pai, Mãe e Filho, denota superiores conhecimentos iniciáticos, que nunca poderão chegar às

mãos de homens vulgares, por mais ilustres que sejam.

Podemos então concluir que a Missão de Portugal está assim muito ligada desde o seu

início ao Advento do
Império do Espírito Santo, com o estabelecimento de justas e fraternas

relações entre todos os povos e a exteriorização do Reino de Deus à Face da Terra, à

manifestação entre os homens do Excelsa Entidade toda Amor e Sabedoria designada no Oriente

como o Budha
Maitreya, no Médio Oriente como Emmanuel, e entre nós como o Encoberto

Desejado, o Quinto Senhor, o Cristo Universal que encabeçará a exteriorização da Hierarquiade Mestres e Iniciados à Face da Terra provinda de

Shamballah e Agharta, desse Mundo

Subterrâneo que, de forma mais familiar, é conhecido como o Reino do Preste João.

Em consonância com o que temos vindo a dizer, só podemos concluir que temos

 

 

Portugal como Passado e Presente, e o Brasil como Futuro, assim justificando a apoteose da

Epopeia das Descobertas em solo sul-americano. Pois se o Brasil se perfila no horizonte próximo

da Humanidade como a futura Capital espiritual do Mundo, só o virá a ser na medida em que a

acção catalisadora dos Portugueses promova e irradie o
Quinto Império, para que o Quinto

Reino do Espírito Santo, o do Preste João ou Rei do Mundo, o seja. Portugal e o Brasil são asduas conchas da Balança Mística do Segundo Logos equilibrando a

Nova Era do Aquário que

já despontou na alvorada de um Novo Mundo... falta só florescer.

 

A promoção deste Quinto Império tão auguriado e profetizado desde há longo tempo,

deve então começar por cada um de nós, membros desta Obra Divina na Face da Terra, pela

“descoberta” e desenvolvimento apurado de Budhi, a Intuição como Inteligência Divina, o

Cristo Interno em nós, através de um conhecimento pautado pelo Mental Superior e de uma

devoção marcada pelo mais puro Amor. Coração e Mente unidos abrindo passagem à Voz doSilêncio, a

Filia Vocis ou Senzar. Só através de Budhi conseguiremos alcançar o estado de

equilíbrio permanente característica dos Homens Perfeitos, dos que fazem parte do NovoPramantha

ou Ciclo Universal a luzir com o Advento do Império do Espírito Santo, tão sábia

e devotamente prognosticado por Grandes Portugueses da estirpe singular de Agostinho daSilva

, Fernando Pessoa, Padre António Vieira e outros mais já aqui referidos que foram os

seus percursores.Que sejamos então a manifestação do que esses Grandes Iluminados do nosso

Porto

Graal profetizaram, e que enchamos até à borda a Taça do Santo Graal, para que podermossaciar-nos nela e por ela nos transfigurarmos no verdadeiro Homem Universal,

Jivatma, assim

alcançando a derradeira Metástase Avatárica que será a meta de todos nos Tempos vindouros,

já se fazendo sentir, pois esse é o nosso natural destino.

 

 

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